Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023 | Resumo: 1272-2 | ||||
Resumo:A Antártica, embora conhecida por suas condições extremamente desafiadoras, abriga uma rica diversidade microbiana, incluindo uma variedade de fungos filamentosos. Esses micro-organismos desempenham um papel vital nos ecossistemas antárticos, participando da ciclagem de nutrientes e contribuindo para a resiliência desses solos únicos. Neste estudo, consistiu-se avaliar o potencial de solubilização de fosfato de fungos filamentosos de solos antárticos em temperaturas de 15,0°C, 25,0°C e 35,0°C. Isolados foram obtidos da coleção microbiológica do Laboratório de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da UFAL/Arapiraca. Os isolados foram reativados em meio Sabouraud e incubados a 15,0°C por 7 dias. Em seguida, um disco de 4 mm de diâmetro contendo o micélio do fungo foi transferido para o centro da placa contendo o meio sólido de National Botanical Research Institute Phosphate (NBRIP), que é um meio eficiente para o crescimento de microrganismos solubilizadores de fosfato. As placas foram suspensas em temperaturas de 15,0°C, 25,0°C e 35,0°C durante um período de 14 dias de incubação. O experimento foi conduzido em triplicata, utilizando uma placa de Ágar Sabouraud em cada temperatura como controle. Dos quatro fungos submetidos aos ensaios de diferentes temperaturas, todos os isolados apresentaram crescimento a 15,0°C, enquanto nenhum cresceu a 25,0°C e 35,0°C. De maneira geral, os fungos isolados de solos da Antártica demonstraram apenas crescimento a 15,0°C, revelando uma preferência por temperaturas mais baixas. Os resultados deste estudo revelam o potencial solubilizador de fosfato por fungos filamentosos de solos antárticos, com destaque para o melhor crescimento observado em temperaturas mais frias, especificamente a 15,0°C. Essa preferência pelas temperaturas mais baixas pode estar relacionada às condições naturais da região antártica, onde as baixas temperaturas são predominantes. Essas descobertas são de grande relevância para o entendimento da adaptação microbiana em ambientes extremos, fornecendo informações valiosas para futuras pesquisas sobre a biodiversidade e a ecologia microbiana do continente antártico. Além disso, a compreensão do potencial solubilizador de fosfato desses fungos filametosos pode ter implicações importantes em aplicações biotecnológicas para melhorar a disponibilidade de fósforo em solos de regiões de climas frios ou até mesmo quente, bem como para o estudo da sustentabilidade desses ecossistemas únicos.
Palavras-chave: EXTREMÓFILOS, NUTRIENTES, SUSTENTABILIDADE Agência de fomento:COODENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR (CAPES) |